Com a eliminação das restrições sociais, a possível queda do trabalho híbrido é a nova pauta de mercado.
O modelo de trabalho remoto já demonstrou ser bastante eficiente em termos de produtividade e custos para as empresas.
No entanto, é perceptível a quantidade de organizações e vagas em aberto com o modelo de trabalho presencial ou semi-presencial, o conhecido híbrido. Mas será que, no ano conhecido pelo mercado como o “ano da eficiência”, este modelo irá diminuir?
Veja a seguir.
Conteúdo deste Artigo
Trabalho remoto “forçado”: o surgimento na pandemia
Nos anos de 2021 e 2022, o trabalho remoto se tornou uma realidade abrupta para muitas empresas, já que a pandemia e as restrições sociais exigiram que muitas organizações passassem a adotar o trabalho remoto.
Dessa forma, mesmo já sendo uma realidade que vinha se desenvolvendo ao longo dos anos anteriores, o cenário mundial não permitiu que as empresas se preparassem da melhor forma para receber o novo formato de trabalho.
Assim, diversas barreiras de aceitação e adaptação surgiram com a implementação forçada do modelo, impedindo que algumas empresas e profissionais pudessem aderir ao formato de uma forma mais saudável.
Quais as vantagens e desvantagens do modelo híbrido?
Assim como os demais modelos de trabalho, o formato híbrido apresenta vantagens e desvantagens em sua aplicação.
Veja o quadro a seguir:
Vantagens | Desvantagens |
Maior flexibilidade para os colaboradores | Dificuldades em manter a cultura nas empresas |
Redução de custos com locação de espaços de trabalho | Barreiras de adaptação dos profissionais |
Direcionamento de recursos para o investimento em ferramentas operacionais e capacitação da equipe | Dependência de ferramentas tecnológicas para manter a produtividade |
Autonomia para que os colaboradores gerenciem suas rotinas | Falta de contato social |
Redução do tempo com deslocamento | Possíveis aumentos na realização de horas extras |
Aumento da satisfação com a empresa | Geração de efeitos negativos na motivação e trabalho em equipe |
Melhora no equilíbrio entre vida pessoal e profissional | Possíveis vazamentos de dados por falhas na segurança |
Atração de talentos de diversos locais, com menores restrições de contratação | Microgerenciamento do comportamento dos colaboradores |
Desempenho gerenciado pelos resultados e entregas realizadas, e não pelas horas trabalhadas |
No entanto, é preciso compreender que o surgimento de benefícios ou problemas com a adoção do modelo híbrido depende do perfil das lideranças, perfil dos colaboradores, cultura da empresa e também da forma como ele foi planejado pela organização.
Assim, é preciso considerar todas as variáveis para analisar a aderência de uma empresa ao formato.
O modelo híbrido afeta a produtividade?
Um dos grandes “medos” das empresas e lideranças mais tradicionais é de que, mesmo com o modelo híbrido, exista uma queda na produtividade dos colaboradores, mesmo trabalhando em regime parcial.
Este argumento vem especialmente da sensação de “falta de controle” que algumas lideranças acabam destacando, já que não estão acompanhando 100% da jornada do time, como acontecia no modelo presencial.
Como mencionamos anteriormente, o ano de 2023 foi definido como o “ano da eficiência” por alguns empresários mundialmente conhecidos, como Elon Musk e Mark Zuckerberg.
Assim, dentre as percepções do que seria a chamada “eficiência”, organizações passaram a eliminar o modelo home office, voltando com o trabalho presencial ou semi-presencial, sendo uma forma de acompanhar “mais de perto” o desenvolvimento das equipes.
No entanto, de acordo com pesquisas, empresas que adotaram o modelo remoto perceberam um aumento de 30% na produtividade.
Inclusive, em estudos feitos pela empresa ExpressVPN, essa falta de confiança das lideranças sobre o trabalho dos liderados pode aumentar o surgimento de quadros de ansiedade e estresse, impactando ainda mais o clima organizacional.
A tecnologia já provou que este temor pode ser solucionado com o uso de sistemas de monitoramento de produtividade, como ferramentas de timesheets e controle de ponto digital.
Assim, é possível manter o acompanhar as entregas dos colaboradores nos dois formatos de trabalho, analisando indicadores de desempenho e agindo quando os resultados não forem alcançados.
O híbrido é uma tendência que vem como moeda de troca
A verdade é que, após a pandemia, os colaboradores puderam vivenciar uma nova realidade, em que é possível conciliar a vida profissional e pessoal sem perder a saúde ou a qualidade das relações.
De acordo com um estudo feito pela FGV, 71% dos colaboradores entrevistados afirmou que preferem o modelo híbrido, juntamente com os mais de 70% dos líderes que afirmaram que as empresas já estão adaptadas ao modelo remoto.
Por mais que o mercado esteja inclinado a voltar para o antigo modelo tradicional e presencial, os formatos híbridos ou totalmente remotos são os mais desejados pelos colaboradores.
Dessa forma, a escolha o modelo de trabalho passa a se tornar um benefício, que pode ser usufruído como um atrativo para novos talentos.
2023 é um ano que já apresentou inúmeras transformações e novidades no mercado. Assim, o aumento ou diminuição do trabalho híbrido será impactado por diversos fatores, que vão desde a alterações econômicas quanto o próprio perfil cultural das organizações.